segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Manejar a fauna amazônica é proibido?

* Ecio Rodrigues

Não é proibido, mas tem que brigar com o Ibama. Essa resposta, espetacular, foi dada por um produtor rural, ao ser confrontado com a pergunta lançada no título deste artigo.
Ocorre que a legislação ambiental brasileira, sempre prenhe de contradições, permite o manejo de animais silvestres sob o sistema intensivo (ou seja, por meio de criatórios), em detrimento do sistema extensivo – isto é, o manejo efetuado na própria floresta, em ambiente natural. Trata-se de um contrassenso porque, seja sob o ponto de vista do animal (seu bem-estar e seu desempenho), seja sob o ponto de vista dos impactos ambientais, não há nenhuma dúvida quanto à superioridade do manejo extensivo em comparação com o intensivo.
Mas os contrassensos não param por aí. Como não há proibição expressa, a legislação na verdade deixa uma brecha, abrindo a possibilidade de o manejo extensivo vir a ser licenciado. Todavia, como toda brecha normativa, está sujeita a interpretações várias, e é aí que mora o perigo.
É que vigora certo senso comum – equivocado, claro, mas que impregna os órgãos de controle ambiental e inclusive entidades ambientalistas mais adeptas do preservacionismo – que considera arriscado o manejo da fauna silvestre de forma geral, e particularmente o praticado de forma extensiva.
Entende-se que o licenciamento do manejo de pacas, catetos, queixadas, capivaras etc. possibilitaria a estruturação de um mercado legalizado que, por sua vez, iria acobertar e ampliar o persistente mercado ilegal de carnes de animais silvestres amazônicos. Dessa forma, a interpretação restritiva da norma para impedir o licenciamento do manejo de fauna, sobretudo o efetuado na floresta, ajudaria a manutenção dessas espécies, prevenindo o risco de extinção.
Um raciocínio tortuoso, mas que se mantém, mesmo sem nenhuma evidência, sem nenhum resultado a lhe conferir alguma validade. Na verdade, as evidências demonstram justamente o contrário: durante os últimos 40 anos, desde a aprovação da legislação sobre a fauna silvestre, o mercado legalizado vem sendo desestimulado, e isso não alterou em nada a realidade amazônica.
Entretanto, ninguém – nem os órgãos ambientais, nem os técnicos que atuam nas instituições de pesquisas, nem mesmo a academia – ninguém se dá ao trabalho sequer de constatar que o fato de não se licenciar o manejo da fauna não pode ser considerado uma solução para o problema do mercado ilegal, pela simples razão de que essa via já foi testada nos últimos 40 anos e não deu certo, em face de um conjunto de motivos facilmente determináveis.
Decerto vai-se gritar que a fiscalização não foi realizada a contento, ou que faltaram campanhas de sensibilização voltadas para persuadir a sociedade, notadamente o produtor rural que vive cheio de preocupações com sua subsistência, a se envolver na denúncia dos caçadores – ou melhor, dos traficantes, como oficialmente se diz. Sem embargo, não se pode negar que uma extraordinária soma de recursos públicos é anualmente consumida pelos órgãos estatais de controle, e o tráfico de animais silvestres é amiúde objeto de caríssimas campanhas de mídia.
Enfim, esses argumentos não passam de um corolário de justificativas sem sentido, que não condizem com a realidade dos animais silvestres, cujo risco de extinção se amplia ano após ano. Tampouco condizem com a realidade das frágeis economias dos municípios amazônicos, em especial os interioranos, que não conseguem transformar em dividendos sociais uma grande vantagem comparativa que detêm – a rica fauna silvestre que habita seus territórios.
Enquanto isso, a criação de gado, alternativa econômica que não encontra embaraços, avança sobre a floresta, deixando a fauna silvestre sem habitat. Mais paradoxal, impossível.


* Professor Associado da Universidade Federal do Acre, Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo e Mestre em Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília.

Sensibilização e o mercado ilegal de animais silvestres amazônicos

* Ecio Rodrigues

Existe um contingente elevado de técnicos que acreditam, de forma convicta, que a legalização de um mercado para a comercialização de carne de animais silvestres amazônicos aumentaria o risco de extinção das espécies. Essa crença carece de evidências e de fatos históricos que lhe deem legitimidade. Todavia, ela persiste e é predominante na esfera pública, como se fosse um dogma, contra o qual não haveria argumentos.
Muito embora haja fatos em quantidade suficiente para a defesa de que a saída está em se organizar um segmento econômico que pode, inclusive no curto prazo, adquirir importância substancial para as frágeis economias municipais, sobretudo no interior da Amazônia, infelizmente a ação pública prefere investir o dinheiro da sociedade na estruturação de um aparato de fiscalização que nunca consegue dar conta do recado.
Pior que isso, a política estatal, mesmo quando reconhece os limites da fiscalização levada a cabo pelos fiscais do serviço público, prefere persistir no erro, lançando mão de dois clássicos expedientes da gestão pública tupiniquim, comumente usados para lidar com problemas sem solução e que vão permanecer sem solução, embora os expedientes continuem valendo: envolvimento da sociedade e campanhas de sensibilização.
Confia-se que o povo irá ajudar os fiscais públicos no controle da venda ilegal de animais silvestres caçados ou capturados na floresta. Espera-se mais. Que as pessoas comuns, o cidadão, que já trava suas próprias batalhas, irá não só denunciar como espionar e monitorar os que desobedecem à legislação. E vai fazer isso impelido unicamente por um sentimento altruísta, para fazer o bem para o meio ambiente e para o planeta.
O passo seguinte é concluir que é preciso organizar essa vontade altruísta da sociedade numa entidade com personalidade jurídica, a fim de que, dessa forma, o recurso público seja transferido das mãos do Estado para as mãos do que se imagina ser a sociedade. É assim que surgem as organizações não governamentais, criadas para apoiar o Poder Público, para fazer algo que ele não consegue e não assume. Criadas, muitas vezes, pelo próprio Poder Público, claro.
No caso do tema em comento, dos animais silvestres, cite-se o exemplo da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, conhecida pela sigla Renctas, que foi constituída sob a tutela do Poder Público para auxiliar o Poder Público a realizar ações inerentes às funções de Estado, relacionadas ao exercício do Poder de Polícia. Mais paradoxal e contraditório, impossível.
Ainda falta, para completar o quadro, o ingrediente da sensibilização, uma vez que a sociedade altruísta somente praticará o altruísmo se for convencida por meio de uma campanha de sensibilização. Por sensibilização leia-se muita propaganda na mídia – que, por seu turno, acha tudo isso bastante conveniente.
Acredita-se que após a campanha de sensibilização – que, repita-se, se resume a muita propaganda e pouquíssima ação de fato – o sentimento altruísta da população irá aflorar, o efetivo de fiscalização irá aumentar e, simplesmente, o mercado ilegal de animais silvestres na Amazônia chegará ao fim.
Mas o mercado ilegal persiste, e sem uma política pública efetiva, que não seja baseada em mera fiscalização e altruísmo, não se evitará que em 2030, por exemplo, o abate desenfreado da fauna amazônica e o consequente risco de extinção de alguma espécie de animal silvestre continue acontecendo, da mesma forma que acontecia em 2000 e acontece em 2015.
A despeito disso, contudo, a opção pela sensibilização, criação da Renctas e assim por diante, embora tenha se dado na década de 1990, nunca foi revista. Fazer o quê?


* Professor Associado da Universidade Federal do Acre, Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Prioridades para a política florestal na Amazônia em 2015

* Ecio Rodrigues

O momento é mais que oportuno. Os acordos assinados, ou aqueles que estão sendo negociados no mundo, empurram-nos para isso há pelo menos 20 anos. É hora de finalmente tomar-se a decisão de dar prioridade ao setor florestal na Amazônia.
No curto prazo, a principal demanda para a política florestal na Amazônia, sobretudo em relação às florestas nativas, é a promoção do manejo de uso múltiplo – na condição de tecnologia desenvolvida pela ciência florestal brasileira para a exploração sustentável dos estoques florestais.
Entenda-se por “promoção” o desenvolvimento de iniciativas voltadas para o aperfeiçoamento e a propagação do manejo florestal de uso múltiplo, de forma a demonstrar-se não apenas sua aplicabilidade como também o grande potencial produtivo do ecossistema amazônico.
A divulgação, a qualificação de profissionais para aplicação dessa tecnologia (no Acre, para cada 100 planos de manejo licenciados há apenas 4 novos técnicos habilitados) e a reformulação das regras direcionadas ao seu licenciamento são ações que precisam ser encaradas como prioridades.
No médio prazo, deve-se conferir às questões florestais o mesmo arcabouço garantido ao tema do meio ambiente na década de 1990 e ao da água na década de 2000. Isto é, uma nova institucionalidade, nos âmbitos estatal e privado, deve ser assegurada aos assuntos relacionados à exploração do ecossistema florestal – fazendo-se jus à sua condição de prioridade política.
Ora, se não existem dúvidas quanto à importância da floresta como solução para minimizarem-se os efeitos do desmatamento, do aquecimento do planeta, das mudanças no clima, das secas e alagações – sem falar das centenas de matérias-primas que podem ser ofertadas mediante a exploração do ecossistema florestal –, parece claro que o tema não pode permanecer na precariedade atual.
Isso significa, por exemplo, que a constituição jurídica do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) deve ser revista, de modo a fornecer-se alguma agilidade operacional a esse órgão; significa ainda que, na condição de organizador do sistema nacional de florestas, o SFB deve migrar da alçada do Ministério do Meio Ambiente para a alçada do Ministério da Agricultura. Isto é, a gestão das florestas deve sair da jurisdição ambiental e retornar ao setor produtivo – que era onde se assentava o antigo IBDF, antecessor do SFB).
Talvez seja mesmo o momento de se discutir a criação de um órgão federal com maior relevância política para cuidar da produção florestal. Diga-se, a propósito, que a produção pesqueira adquiriu considerável proeminência com o advento da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca em 2003, a ponto de obter um ministério exclusivo em 2009.
Também deve ser promovida pelo Governo Federal – inclusive por meio do franqueamento de recursos financeiros – a criação de órgãos estaduais com estrutura e poder político para levar o uso múltiplo da biodiversidade amazônica a um novo patamar.
Por sinal, enquanto, no Estado do Amazonas, a existência da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável só comprova a importância de uma instituição bem estruturada para gerir a política florestal estadual, no Acre, de forma inexplicável, a Secretaria Estadual de Floresta foi simplesmente extinta – sem que nenhum outro órgão fosse criado em substituição.
Por outro lado, estudos envolvendo a estadualização e municipalização da gestão florestal são muito bem vindos. A análise dos impactos que as decisões locais causam
sobre a dinâmica florestal pode trazer resultados expressivos para a ação estatal na gestão das florestas na Amazônia.
No longo prazo, por fim, é necessário acabar com o preconceito que estigmatiza o mais importante produto florestal da Amazônia: a madeira.


* Professor Associado da Universidade Federal do Acre, Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Nona Semana Florestal do Acre

* Ecio Rodrigues

Há quase dez anos os engenheiros florestais (formados e em formação) vinculados à Universidade Federal do Acre aventavam a possibilidade de organizar-se um evento com periodicidade anual e que ocorresse no início do período letivo – o que coincidiria com o início da safra florestal.
Surgiu dessa forma a “Semana Florestal”. Trata-se da reunião de um grupo de acadêmicos e não acadêmicos sob dois pressupostos comuns: o envolvimento com o setor florestal do Acre e a crença de que o aproveitamento dos recursos florestais constitui a principal, talvez única, estratégia de desenvolvimento para a região.
A primeira edição da Semana Florestal ocorreu em 2007. Sob o slogan “Biodiversidade: ver a floresta que existe além das árvores”, foram discutidas as implicações decorrentes do aproveitamento da biodiversidade. Depois, enfrentou-se o espinhoso tema do gargalo tecnológico (“Desenvolvimento Tecnológico e Alternativas Florestais”, segunda edição), chegando-se ao exame de uma tecnologia específica para a exploração do ecossistema (“Manejo Florestal de Uso Múltiplo”, terceira edição).
A quarta edição da conferência (“Reservas Extrativistas: uma fonte de renda inexplorada”) chamou a atenção para o manejo florestal comunitário, certamente um dos principais legados do Acre para a política florestal da Amazônia. Em seguida, os debates abordaram o papel das empresas do setor florestal (“Manejo Florestal Empresarial: um mercado promissor e sustentável”, quinta edição), a importância da madeira para a geração de energia (“Biomassa Florestal e Energia Elétrica”, sexta edição) e o complexo sistema normativo destinado à conservação da floresta (“Unidades de Conservação: passaporte para o futuro”, sétima edição).
Com o amadurecimento das discussões, logrou-se planejar o que foi denominado “trilogia das alterações climáticas”. A ideia é completar uma sequência de três edições dedicadas ao tema das mudanças no clima. A trilogia iniciou-se em 2014, na oitava edição do evento (“Florestas sob um novo clima”) e será concluída em 2016, na décima.
Em 2015, à luz do mote “Floresta e Água: um equilíbrio mútuo” (slogan vencedor de um concurso realizado entre os alunos do curso de Engenharia Florestal), os participantes da Semana Florestal irão se debruçar sobre a interação que existe entre a mata ciliar dos rios e a água que corre em seus respectivos fluxos.
Ocorre que não há dúvida científica quanto ao fato de que a mata ciliar tem influência no equilíbrio hidrológico dos cursos d’água; a supressão desse tipo especial de floresta acarreta o assoreamento dos rios, o que, por sua vez, pode levar à ampliação do risco de secas e alagações
O estudo da mata ciliar, todavia, nunca foi prioridade nem para a academia nem para os institutos de pesquisas que atuam na Amazônia, e só após a ocorrência de eventos extremos, como alagação no rio Madeira e seca no rio Negro, o assunto ganhou preeminência.
Sem embargo, no decorrer dos últimos 10 anos três projetos de pesquisa foram levados a efeito com a finalidade de gerar informações acerca da mata ciliar dos rios Acre e Purus e a influência das formações florestais ali presentes sobre a quantidade e a qualidade da água que corre nesses rios.
A experiência obtida na execução desses projetos, aprovados em editais do CNPq que somam 800 mil reais de investimentos, dentre outros tópicos, será objeto de apreciação na XIX Semana Florestal do Acre.
No período de 23 a 27 de março será possível aprofundar o que a ciência já comprovou.
Que a água que corre num rio ou igarapé da Amazônia depende da floresta que existe na mata ciliar. Todos lá!



* Professor da Universidade Federal do Acre, Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília.

Prospecção de cacau nativo na Reserva Extrativista Chico Mendes

* Ecio Rodrigues

Desde os idos de 2006 que os engenheiros florestais da Universidade Federal do Acre se esforçam para desenvolver uma tecnologia voltada para o manejo florestal comunitário do cacau nativo.
Sob o apoio do CNPq em projetos que superam 400 mil reais, os pesquisadores conceberam e testaram alguns protocolos de manejo comunitário, com o fim de ampliar a produtividade do cacaueiro sem causar prejuízo ao sabor do fruto nativo.
Existe um nicho de mercado em expansão no mundo que valoriza o cacau nativo, em detrimento do chocolate produzido mediante a exploração do cacaueiro domesticado. Os especialistas asseguram que o “flavor” do cacau nativo – ou seja, a combinação sensorial entre sabor e aroma –, é bem superior ao do fruto cultivado em larga escala, e que passou por uma série de melhoramentos genéticos.
O produto florestal nativo, evidentemente, deve ser manejado em seu habitat de origem, o que não é tarefa das mais simples – ainda mais em se tratando da floresta amazônica, onde o cacau surgiu e foi domesticado pelo mundo.
Basta dizer que, como os cacaueiros são muito dispersos no interior da floresta, o produtor leva tempo para ir ao encontro de cada árvore e fazer a coleta dos frutos. Todos os dias, dessa forma, ele tem que cobrir uma vasta área de caminhada.
Mas, antes de levar-se a efeito o manejo propriamente dito, é necessário elaborar o respectivo plano de manejo. O problema é que, enquanto no caso da madeira existem metodologias específicas e consolidadas para a identificação das árvores a serem derrubadas e o cálculo do volume de madeira a ser produzido por hectare, com relação ao manejo de outros produtos florestais constata-se uma significativa lacuna de informações.
Inclusive, sob a genérica qualificação de “não madeireiros” costuma-se incluir, apressada e equivocadamente, um extenso rol de produtos. Essa denominação, contudo, não faz sentido, uma vez que não é possível, para fins de definição de metodologias, criação de protocolos e, enfim, elaboração de plano de manejo, o agrupamento de produtos completamente distintos, que praticamente só têm em comum o fato de serem oriundos da floresta.
Voltando ao cacau nativo, a Engenharia Florestal da Ufac concebeu um pacote tecnológico para a elaboração do plano de manejo desse produto, que se inicia com condutas técnicas aplicadas à prospecção dos pés de cacaueiro e se encerra com um conjunto de protocolos destinados ao manejo florestal comunitário do produto.
O procedimento como um todo envolve elevado grau de complexidade. As dificuldades começam na identificação dos locais de dispersão dos cacaueiros e no cálculo – crucial, diga-se – da quantidade de pés a serem alcançados em cada safra.
Dessa forma, a primeira etapa, a da Prospecção, inicia-se com a elaboração de um Mapa de Dispersão, por meio do emprego de tecnologia de ponta em sensoriamento remoto (com interpretação de imagens de satélite).
Depois da elaboração desse mapa, a dispersão das árvores na floresta é aferida mediante a realização do Inventário de Prospecção, que, por sua vez, dará origem ao Mapa de Ocorrência. Esse mapa fornece a indicação da localização dos cacaueiros e da quantidade de árvores que poderão ser manejadas.
Contando com o apoio do “Arpa”, um programa financiado pelos países desenvolvidos e que tem como alvo a conservação da floresta na Amazônia, essa metodologia será agora testada na Reserva Extrativista Chico Mendes.
Se tudo der certo, em breve, o cacau nativo poderá compor a cesta de produtos ofertada pelo manejo florestal de uso múltiplo promovido no Acre. É esperar para ver.



* Professor da Universidade Federal do Acre, Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília.