Edmilson santos Cruz*
(FONTE: AC24horas)
Os manejadores florestais garantem
que vez ou outra, ano sim ano não, as lagartas surgem como pragas e
atacam as árvores de castanheira, comendo toda a folhagem.
O comprometimento da safra de
castanha de 2018 dependerá da dimensão desse ataque e do impacto sofrido
pela espécie, dentro da floresta ou sobre os indivíduos que sobrevivem
nos pastos.
Para o Gerente da Secretaria de
Agricultura do município de Assis Brasil, Engenheiro Florestal Wilker
Nazareno “… aconteceu o ataque das lagartas em algumas castanheiras aqui
em Assis Brasil… Porém, em conversa com alguns produtores mais antigos,
foi falado que isso acontece todos os anos em algumas árvores, mas elas
não morrem embora percam todas as folhas”.
A Associação de Engenheiros
Florestais, em conjunto com os professores da Engenharia Florestal da
Ufac estão prestes a identificar a espécie da lagarta e dimensionar o
tamanho do ataque sofrido pelas árvores de castanheira.
Como todos sabem na frágil economia
do Acre a safra de castanha-do-Brasil possui peso expressivo na formação
do PIB vinculado ao setor florestal. Além dessa importância econômica a
castanha é um dos produtos florestais de maior significado social, uma
vez que são coletadas nas colocações de seringa e criam emprego em toda
cadeia produtiva.
Ocorre que com a decadência da
produção de borracha, a castanha que antes representava mais de 60% da
economia florestal dos seringais teve seu valor ampliado, sobretudo na
região do Alto rio Acre, nos municípios de Xapuri, Brasiléia e Assis
Brasil.
Segundo dados que ainda estão em fase
de processamento os manejadores de castanha na safra atual, de 2017,
podem obter rendimentos de aproximados 20.000 reais por unidade
produtiva. Sem dúvida um montante expressivo e que não pode ser
comprometido na safra de 2018.
Talvez seja o momento da Embrapa/Acre
tranquilizar o produtor, com informações seguras sobre a amplitude
regional da infestação e o impacto econômico do ataque das lagartas da
castanheira. Vamos esperar.
*Presidente Associação Engenheiro Florestais do Acre – AEFEA – Professor Doutor – Universidade Federal do Acre Ecio Rodrigues
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